Mapa - Santa Teresa (Espírito Santo) (Santa Teresa)

Santa Teresa (Santa Teresa)
Santa Teresa é um município brasileiro na região serrana do Espírito Santo. Com população estimada em 23.853 habitantes em 2021, é situado a 78 km da capital capixaba Vitória, com área de 683,032 km2 e altitude de 655 m na sede. É a sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e reconhecida pelos governos federal como pioneira na imigração italiana no Brasil (com polêmicas), e capixaba como a capital estadual da imigração italiana, gastronomia italiana, jazz e blues. Seu centro histórico foi tombado em 2019, mas o processo foi paralisado em 2020.

O município surgiu da colonização por italianos, poloneses, alemães, suíços e outros imigrantes europeus do Núcleo do Timbuí na década de 1870. Os italianos, principalmente do Trentino, Lombardia e Vêneto, predominavam e determinaram a atual cultura, com uma identidade que enfatiza o passado da colonização e exalta os pioneiros. A cidade emergiu do zero em meio à floresta, com uma sociedade de pequenos agricultores. A religiosidade era marcante. A cafeicultura era a força motriz da economia, criando uma classe de comerciantes e a convivência com os brasileiros. A emancipação de Santa Leopoldina foi obtida em 1891. As condições de vida iniciais eram precárias, mas a economia agrícola continuou a crescer no século XX. Os colonos e seus descendentes expandiram a frente pioneira pelo "vale do Canaã", até e além do rio Doce. Os distritos de São Roque do Canaã, onde havia alguma industrialização, conseguiram emancipação em 1995.

A topografia é acidentada, com altitudes de 90 a 1.040 m acima do nível do mar, diferenciando a baixada do rio Santa Maria do Doce, quente e seca, das terras altas mais frias e úmidas, onde está a sede. Vários rios capixabas têm suas nascentes nas terras altas, como o Timbuí, que banha a sede. A Mata Atlântica local tem elevada biodiversidade e é uma das mais estudadas. Seus fragmentos remanescentes cobriam 32,1% do município em 2012/2013, com diversas áreas de conservação, além de atividades de ensino e pesquisa no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado pelo cientista e conservacionista teresense Augusto Ruschi. Os colibris são símbolo local.

46% dos teresenses viviam no campo em 2010, a maioria agricultores familiares, mas a maior parte do Produto Interno Bruto está no setor de serviços. As maiores áreas plantadas são de café, mas o eucalipto tem extensa cadeia produtiva e o município tem a maior produção vitivinícola do Estado. A industrialização consiste em algumas agroindústrias. Os serviços incluem instituições de ensino superior, um hospital com atendimento a outros sete municípios e um setor de turismo em expansão. Seus atrativos são as florestas, montanhas, vales, cachoeiras, arquitetura histórica (como a Casa Lambert), culinária (especialmente na Rua do Lazer) e eventos (como a Festa do Imigrante Italiano). Em partes rurais das terras altas, como no Circuito Caravaggio, há procura por chácaras, condomínios e outros estabelecimentos. Consequentemente, há especulação imobiliária e desmatamento.

O município evoluiu do "Núcleo do Timbuí", pertencente a Santa Leopoldina e batizado pelo rio de mesmo nome. Alguns nomes propostos no início da colonização não foram adotados, como São Vigílio, o padroeiro de Trento, e Santo Affonso, homenagem ao então presidente da província do Espírito Santo, Afonso Peixoto de Abreu Lima. Durante as mudanças de nome na Segunda Guerra Mundial, o IBGE quis chamar o município de "Catusana", "Bela Morena" em tupi-guarani, mas foi rechaçado pela população. A origem do nome atual, durante os anos 1870, é uma das controvérsias históricas locais.

A memória social predominante na cidade atribuiu o nome a uma imagem sacra de Teresa d'Ávila colocada pela devota Teresa Zonta em 15 de outubro de 1875, dia da santa, no oco de um pau-peba onde os fiéis se reuniam para rezar. A explicação alternativa é uma homenagem das autoridades brasileiras à imperatriz Teresa Cristina. Anos antes já havia uma estrada de Santa Teresa ligando Vitória a Minas Gerais. Em julho de 1875, o diretor interino da colônia de Santa Leopoldina referiu-se à povoação como estando "à margem da antiga estrada de Santa Teresa", o que é visível em mapas da época. Pelo regulamento das colônias de 1867, a escolha do nome cabia ao governo e não aos imigrantes. A imagem sacra seria, então, uma lenda, ou escolhida por causa do nome já existente. Ainda assim, originalmente a expressão teria sido "Timbuí, na estrada de Santa Teresa", prevalecendo "Santa Teresa" com o tempo devido à religiosidade local.

Um nome alternativo, conservando a referência ao rio, é "Santa Teresa do Timbuí".

 
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